sexta-feira, 31 de julho de 2009

segunda-feira, 27 de julho de 2009

sábado, 25 de julho de 2009

Isto é virtual?


Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos que dispunha naquele dia atribulado, para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planejar minha viagem de férias que a tempos não sei o que são.
Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga, uma salada e um suco de laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime né?
Abri meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
- Tio, dá um trocado?- Não tenho, menino.- Só uma moedinha para comprar um pão.- Esta bem, compro um para você.
Para variar, minha caixa de entrada esta lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas.
Ah! Essa música me leva a Londres e a boas lembranças de tempos idos.
- Tio, pede para colocar margarina e queijo também.
Percebo que o menino tinha ficado ali.
- Ok. Vou pedir, mas depois me deixe trabalhar, estou muito ocupado, ta?
Chega a minha refeição e junto com ela meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir embora. Meus resquícios de consciência, me impedem de dizer. Digo que esta tudo bem.. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais uma refeição descente para ele. Então ele sentou á minha frente e perguntou:
- Tio o que está fazendo?- Estou lendo uns e-mails.- O que são e-mails?- São mensagens eletrônicas mandadas por pessoas via Internet (sabia que ele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de maiores questionários disse):- É como se fosse uma carta, só que via Internet.- Tio você tem Internet?- Tenho sim, essencial ao mundo de hoje.- O que é Internet ?- É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar,aprender. Tem de tudo no mundo virtual.- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar,tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.- Legal isso... Gostei!- Mocinho, você entendeu que é virtual?- Sim, também vivo neste mundo virtual.- Você tem computador?- Não, mas meu mundo também é desse jeito... Virtual. Minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo, eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome e eu do água para ele pensar que é sopa, minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, pois ela sempre volta com o corpo, meu pai está na cadeia há muito tempo, mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedos, de natal e eu indo ao colégio para virar medico um dia. Isso é virtual não é tio?
Fechei meu notebook, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino terminasse de literalmente "devorar" o prato dele, paguei a conta, e dei o troco para o garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Brigado tio você é legal!".
Ali, naquela instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!

Autora: Rosa Pena

O amor é uma pedra


Ela não sabe ao certo em que momento se apaixonou. Talvez tenha sido logo após a primeira foto, ou quem sabe entre crônicas e e-mails, chopes e risadas, confidências e desabafos, blues e jazz, fantasia e realidade. O futuro a Deus pertence, porém faz planos, mas daí vem a vida e se
encarrega de lembrá-la da sua história organizada, onde champanhe só
explode em festa e chantilly é creme para morangos, nunca para pessoas.
Pela estrada muitos obstáculos a transpor, o peito em constante
sobressalto com medo do que virá e pavor de deixar passar o que vier. Ai! Quem dera que o tempo fosse só em verbo. Passado, presente e futuro conjugados certinhos com base na regra. Anda desregrada, sonhando demais, escrevendo de menos, pois agora o que de verdade necessita é viver, deixar de lado a imaginação e tornar cada pedaço desse devaneio em realidade.
Vontade de apalpar nuvens e lamber umbigos com chantilly. Estar com seu novo amor na mesa de jantar sem cara de bode e suspiros de dar dó. Se ainda fosse ré! Virar essa página do pretérito imperfeito. Esquecer a superabundância de dióxido de carbono na estratosfera que
fizeram a ações despencarem na Ásia e refletiram em sua alcova tropical.
Esquecer o Obama, o Osama, o drama.

Contarem juntos as estrelas nas conversas silenciosas ao luar. Sentir-se gostosa, purificada, puta, santa, namorada. Respirar o oxigênio guardado para os verdadeiros amantes. Subitamente emudece. Sente-se ao mesmo tempo uma tola adolescente perante a primeira paixão e uma mulher madura com o temor que a vivência traz. "Só eu sei as esquinas por que passei ". Ela avisa ao Djavan que também sabe.

E se for só bonito quando visto dessa forma poética onde não tem infecção, colesterol alto, contas a pagar? Depois como refazer o que foi desfeito? Costurar com fé as sobras, emendar os rasgos, os restos de sonhos, juntar seus pedaços, inventar outro coração, tentar uma trama nova ou aprender a bastar-se? So-zi-nha! Antes só do que mal acompanhada! Ditadinho filho da mãe. Quem segura essa de solidão?

Porra o amor é muito lindo, mas porque tem sempre que ser tão difícil? Finalmente descobriu qual era a pedra no caminho do Drummond.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Mil mortes de Michael Jackson


Faz mais de duas semanas que Michael Jackson está morrendo diariamente. Digo isso porque, apesar do memorial televisionado globalmente, que deveria ser a cerimônia final de adeus dele, o mundo não está deixando MJ morrer.
Começa pelos tablóides, que ainda publicam várias vezes ao dia notícias sobre a suposta causa da morte. Ainda vão fazer isso por um bom tempo, levando-se em consideração que os exames toxicológicos ainda vão levar mais de quinze dias para sair.
Continua pelas intermináveis homenagens que são anunciadas diariamente. Recentemente foi o Iron Maiden, que disse que fará um álbum em homenagem a MJ (se é que isso não foi um hoax; Iron Maiden e Michael Jackson?).
Há poucos dias assisti a um vídeo do aniversário dos filhos de MJ no YouTube. O link veio de uma comunidade sobre o Nine Inch Nails no Orkut, onde não se fala mais de NIN, mas sim da morte de MJ.

Nunca fui fã de MJ. Achava a aparência dele assustadora depois de tantas plásticas. Achava o comportamento dele bizarro e, ainda que não acreditasse que ele fosse pedófilo (porque nunca acreditei), achava que ele era ingênuo o bastante para permitir circunstâncias que pudessem fazer com que alguns mal-intencionados tentassem tirar o dinheiro dele em processos milionários.
O único MJ que morava na minha memória era um perdido no tempo, quando ainda era negro e não tinha se branqueado por conta do vitiligo (sim, eu acredito no vitiligo, vi fotos que mostram as manchas), tinha um bonito nariz africano pouco tocado por plásticas e que cantava e dançava com muito talento.
Esse MJ morreu há décadas e só existe nos videoclipes.
O MJ dos últimos tempos eu não sei se posso dizer que conhecia. Vi muita coisa nas últimas semanas - porque não se fala de outra coisa -, e eu queria aproveitar a ocasião para relembrar sucessos que acompanhei e para conhecer outras faces do artista.
E acho que vi o suficiente para formar uma opinião própria. Não é meu músico favorito, era um dançarino espetacular e definitivamente não sabia gerenciar sua própria vida.
Hoje morreu Michael Jackson de novo. Estão falando que o caixão de ouro estaria guardado temporariamente numa cripta de um dos donos da Motown, esperando o destino final.
Hoje morreu Michael Jackson de novo. Falaram sobre as drogas que ele tomava, rolaram acusações para lá e para cá e mostraram novamente o pungente vídeo da filha dele chorando e dizendo que amava o pai.
Hoje morreu Michael Jackson de novo. Amanhã ele vai morrer outra vez. Porque ficar falando de MJ está ajudando a vender jornal, a vender discos, a vender possíveis shows de homenagens ou de revivals.
Vamos ver até quando vão matar MJ diariamente. Vamos ver que dia vão deixar ele realmente morrer em paz.

por Daniela Castilho

terça-feira, 21 de julho de 2009

POR QUE NÃO SAÍMOS DAS RELAÇÕES DESTRUTIVAS?


No início da década de 60, alguns cientistas realizaram experiências com animais para tentar determinar algo a respeito do instinto de defesa e fuga nos seres humanos. Em uma das experiências, eles eletrificaram a metade direita de uma grande jaula, de modo que um cão preso nela recebesse um choque cada vez que ali pisasse. O cão aprendeu rapidamente a permanecer no lado esquerdo da jaula.
Em seguida, a mesma instalação foi passada para o lado esquerdo da jaula e o cão logo reorientou, aprendendo a ficar do lado sem choques. A partir disso, os cientistas prepararam todo o chão, de modo que, onde quer que o cão estivesse, ele acabaria levando um choque. Inicialmente o animal demonstrou estar confuso e depois entrou em pânico. Finalmente, desistiu e se deitou, aceitando os choques. Depois, a jaula foi aberta. Esperava-se que o cão saísse correndo, mas ele não saiu. Embora pudesse abandonar a jaula quando bem entendesse, ele ficou ali recebendo os choques.
O que quero mostrar através desta experiência é que nós, seres humanos, agimos assim com muita freqüência. Nos permitimos levar choques, entramos ou permanecemos em situações destrutivas, castradoras, acumulando mágoas e traumas até um ponto que não sabemos mais diferenciar o que faz bem do que não faz. Nos adaptamos as mais diferentes formas de violência, seja física ou emocional. Porém, não podemos permanecer neste estado, perdendo nosso poder de defesa e de luta, deixando de buscar o que acreditamos e valorizamos.
Entramos em relações destrutivas na ânsia de compensar perdas e rejeições anteriores. Sem discernimento, nos deixamos envolver nestas situações porque a princípio parecem nos fazer felizes ou assim queremos acreditar, e não resistimos. Nos deixamos seduzir, mesmo quando algo nos diz para dizer não, talvez muito mais por uma ilusão, idealização ou carência, do que pela própria realidade. Quando realmente conseguimos perceber, já estamos envolvidos com pessoas e situações que nos machucam e nos impedem de crescermos.
Em função da própria carência ou em decorrência da busca de uma vida feliz, há pessoas que se tornam vulneráveis e se deixam envolver com certa facilidade. Se algo ou alguém nos dá a impressão que irá preencher um vazio, nos agarramos sem questionar. Em virtude do cansaço de tanto nos defendermos ou da perda das defesas psicológicas, acabamos por ceder.
Dependentes emocionais
Seja em relacionamentos infelizes, tanto na vida afetiva, quanto em situações de exploração ou no trabalho não-reconhecido, é muito difícil libertar-se da dependência depois que a deixamos instalar. Não é fácil perceber e aceitar que muitas vezes nos tornamos acomodados e dependentes do que nos faz mal. Importante: não falo aqui da dependência financeira, mas principalmente da emocional.
Quando permitimos ser privados de nossa saúde mental e de nossos próprios instintos, não é fácil o caminho de retorno, como o cão que não mais percebe que a porta da jaula eletrificada está aberta. Isto por que a tomada de consciência da dependência é um processo psicológico dolorido, como se o conhecimento das causas doesse mais que o sofrimento.
Quando desvalorizam tudo o que fazemos ou criamos, seja o que for, é como se jogassem no lixo nosso 'eu' mais verdadeiro. Neste caso, a pessoa cai num tipo de indiferença consigo mesma, porque perdeu o auto-respeito, a confiança e a capacidade de se amar, como se passasse a se punir por ter permitido que o outro rompesse suas barreiras mais caras e ultrapasse os limites da sua individualidade.
Nos perdemos não só porque os outros não respeitam nossos limites, vontades e desejos, mas principalmente porque nós próprios não os respeitamos. Mesmo machucados, dilacerados em nossos sentimentos mais íntimos, insistimos em manter a situação. Abaixamos nossa cabeça, calamos nossas vozes, fechamos nossos olhos e acreditamos estar vivendo. Viver?... Como viver sem alegria, sem crescimento, sem transformação, afastados de tudo o que nos é importante?
Escolhas destrutivas podem levar ao crescimento
Quando alguém é conduzido pelos valores dos outros por muito tempo, fecha-se num mundo sem cor, deixa-se aniquilar, anular, morrer internamente. As escolhas destrutivas machucam, nos fazem sentir no fundo do poço, mas também podem nos fazer aprender e crescer, desde que estejamos prontos a reconhecer os erros e a reagir.
Isto ocorre quando não mais conseguimos suportar e ao olharmos à nossa volta, questionamos o que fizemos com nossa vida. Que direito temos de nos destruir ou permitir que o outro o faça? Se a pessoa percebe isso, reúne forças para recolher os pedaços que sobraram, cuidar dos ferimentos e recomeçar a vida. Ela entende que ainda que um episódio represente um desastre, há outros episódios à sua espera, outras oportunidades de acertar, outros caminhos a tomar, apesar do medo que fica como seqüela.
Self S.O.S
Nosso eu interior, o self, insiste sempre para que nos salvemos, mesmo quando nos escondemos na perda da vontade de viver. Ainda que por sonhos ou mensagens, ele faz com que nos conscientizemos de nosso valor, para que possamos resgatar a nós próprios. À medida que recuperamos nossos instintos, o self, nossa própria vida, poderemos falar a nossa própria fala, ouvir a nossa própria voz, enxergar com nossos próprios olhos, sem nos deixar cair em armadilhas, ilusões e sofrimentos, mas acreditar que somos capazes de reconstruir e retomar o próprio caminho, abrindo as portas com nossas próprias chaves, para que ninguém nos deixe do lado de fora e nem trancado do lado de dentro.
Quantas vezes você não pediu para abrirem a porta para que você entrasse, mesmo sabendo que seria maltratado? Mas mesmo assim você entrou, talvez por ser a única porta que se abria... Ou quantas vezes você não permaneceu no mesmo lugar que era maltratado, mesmo com as portas abertas?... E lá ficou, mesmo sabendo que este não seria o seu lugar. Afinal, qual é mesmo o seu lugar?
Por Rosemeire Zago.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

ALGUMAS RAZÕES PARA NÃO AMALDIÇOAR O INVERNO


... além, é claro, de poder se esbaldar no fondue e no vinho!


1 O vento frio faz a mulherada ficar com o farol aceso...

2 Você não precisa revezer o supino com três marmanjos suados, já que a academia fica mais vazia...

3 O strip-tease da sua gara dura mais tempo...

4 Até as bochechas vermelhas de frio das mulheres ficam mais sexy...

5 Você pode convidar uma mulher para tomar vinho no seu apartamento nos primeiros cinco minutos da conversa sem parecer um tarado...

6 A cerveja do bar está sempre gelada...

7 A porção de camarão na praia fica bem mais barata...

8 Você pode hinernar durante todo o fim de semana...

9 Ela vai ficar linda com a pantufas do Hello kitty.

10 Você pode bancar o bonzinho e concecer uma licença temporária para ela transar de meias.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Aventuras de Motel


Simbolo maior do prazer nas cidades, o motel além de ser uma fonte de prazer, pode ser também uma fonte de riso!


O AMOR É LINDO

Depois de passar o dia num motel em Paranaguá, uma mulher chamou o marido (sic) para pagar a conta. È que o amante se mandou no fim da tarde dizendo que voltaria para passar a régua, ops, mas não deu mais as caras. A Polícia Militar foi acionada e, para não ser detida por calote, a mulher preferiu ligar para o marido. Ele compareceu ao estabelecimento e pagou as despesas!


O QUE OS CARAS ESCREVEM NO CANHOTO DO CHEQUE APÓS O MOTEL

Motel mesmo - 49%

Restaurante - 35%

Supermercado - 9%

Almoço com o chefe - 5%

Estacionamento - 2%


PS: Parece que temos aqui uma disputa "pau a pau" entre solteiros e comprometidos, perceberam?


VAMO SE COÇAR!

65% dos caras fazem questão de pagar a conta do motel.

Já 4,8% pedem à mulher para dividir. Afinal, ela também gozou. Ah, e se tiver fingido paga do mesmo jeito.


A SINCERIDADE É A ARMA DO NEGÓCIO

Quando se trata de convidar uma gata para ir ao motel prevalece a sincedidade.

47% falam na bucha.

38% estão preocupados com a violência urbana. Pelo menos é essa a desculpa que eles mais usam para continuar os amassos no motel.

12% não querem nen saber: vão direto ao local do crime.

2% são cafas de carteirinha. Entram no motel e perguntam: "Você conhece esta balada (ou seria badalada?!?)