domingo, 20 de fevereiro de 2011

What's your favorite quality about yourself?

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"Amar de olhos abertos"


Não há receita pronta para um relacionamento dar certo, mas alguns ingredientes podem ajudar. É disso que trata "Amar de Olhos Abertos" (ed. Sextante, R$ 24,90, 208 págs.), do psicólogo Jorge Bucay, um dos escritores argentinos mais incensados dos últimos tempos.

Bucay esteve no Brasil para lançar o livro (o primeiro em português), escrito com a colega Silvia Salinas --e a Folha aproveitou para "discutir as relações" com ele.

Folha - O que significa amar de olhos abertos?

Jorge Bucay - Gosto de uma definição que diz que o amor é a simples alegria pela existência do outro. Não é possessão, nem felicidade necessariamente. E por isso "com os olhos abertos". O amor cego não aceita o outro verdadeiramente como ele é.

Por que tanta gente prefere a intensidade da paixão, mesmo sabendo que é efêmera, a construir algo mais sólido?

É maravilhoso estar apaixonado e muitos preferem a intensidade superficial à profundidade eterna. Mas me pergunto como as pessoas pensam em ficar somente nisso. Qual o sentido de estar apaixonado perdidamente o tempo todo? Penso que é uma questão de maturidade.

Também tem a ver com a nossa sociedade, que adora emoções intensas. Procuramos correr mais rápido, chegar antes, desfrutar intensamente. A paixão é como uma droga: no seu momento fugaz faz pensar que você é feliz e não precisa de mais nada. Um olhar, uma palavra te levam aos melhores lugares.

Como construir uma relação mais profunda?

Seria bom estar preparado para saber que a paixão acaba. Amadurecer significa também desfrutar das coisas que o amor dá, como compartilhar o silêncio e não um beijo, saber que a pessoa está ali, ainda que não esteja ao meu lado. É preciso abrir os olhos, e isso é uma decisão. Ver o par na sua essência.

Mas primeiro é preciso estar bem consigo mesmo. Não se deve procurar o sentido da própria vida no companheiro ou nos filhos.

Você deve responder a três perguntas básicas nesta ordem: quem sou, aonde vou e com quem. É preciso que eu me conheça antes de te conhecer e que decida meu caminho antes de compartilhá-lo. Senão, é o outro quem vai dizer quem eu sou. E isso é uma carga muito grande.

O livro diz que as relações duram o que têm que durar, sejam semanas, seja uma vida.

Duram enquanto permitem que ambos cresçam. Significa conhecer-se, gostar de si mesmo, conhecer seus recursos e desenvolvê-los. Ao lado da pessoa amada, está a melhor oportunidade para isso. E essa é uma condição para construir um relacionamento. Um casal que não cresce, envelhece. E um casal que envelhece, morre.

O que leva ao fracasso?

Um dos grandes motivos de fracasso é não trocar intensidade por profundidade, viver querendo voltar aos tempos da paixão. Outro ponto de conflito é que as pessoas não conseguem deixar o papel que desempenhavam antes de casar, querem continuar sendo o "filhinho da mamãe", ou o "caçulinha da casa". Outro problema é a intolerância, a incapacidade de aceitar as diferenças, as pessoas discutem pelo dinheiro, pela criação dos filhos e, por fim, morrem sufocadas pela rotina.

E como enfrentar esses problemas ou desafios?

É preciso amor, atração e confiança. Comparo esses pilares a uma mesa de três pés. O tampo da mesa seria um projeto comum firme. Se faltar qualquer um desses elementos, a mesa cai. E sobre tudo isso deve-se montar outras coisas, como a capacidade de trabalhar juntos, de rir das mesmas coisas, de ser sexualmente compatíveis, sentir o outro como um apoio nos momentos difíceis. Às vezes a terapia ajuda, às vezes é um bom passaporte para a separação.

Como saber quando a relação chegou ao fim?

Se sinto que estou sempre no mesmo lugar, que me entedio, que não tenho vontade de estar com o outro, se sempre que saímos precisamos sair com outros casais pois não ficamos bem sozinhos, quando piadas como "o idiota do meu marido" ou a "bruxa da minha mulher" se tornam frequentes, algo não está funcionado.

FONTE: GABRIELA CUPANI DE SÃO PAULO

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Será que devo desistir?

Ultimamente tem me chamado a atenção a quantidade de mensagens que nos chegam e que terminam com frases como “acho que vou desistir” ou “estou quase desistindo”.

Estas mensagens são enviadas por pessoas que estão tendo dificuldades para encontrar alguém para um relacionamento sério.
Geralmente elas iniciaram contatos e estes não tiveram continuidade. Também é frequente ter havido um ou mais encontros, que também não prosseguiram.

Há também muitos casos de pessoas que não estão encontrando um par com as características desejadas: são jovens demais, velhos demais, vivem em cidades distantes ou têm intenções muito diferentes. Em todos esses casos, a característica comum é a frustração e a vontade de desistir. Sempre que me deparo com esse tipo de mensagem, me surpreendo com a ideia da desistência. Desistir de ter um relacionamento tão desejado? Desistir de ser feliz no amor? Como pode? Embora entenda toda a decepção decorrente das experiências que muitos tiveram, não vejo a desistência como uma saída. Afinal de contas, não é possível “não querer mais” alguma coisa que era tão desejada. Não há meios para guardar o desejo em uma gaveta, como se fosse algo que não serve mais ou que não deva ser visto.

A maioria das frustrações (que levam à ideia de desistir) parece decorrer do excesso de expectativas. Isso porque sempre que temos expectativas exageradas sobre qualquer coisa, a realidade acaba nos decepcionando. Mas quais seriam essas expectativas a que me refiro? Veremos a seguir as principais delas. A primeira delas diz respeito ao tempo necessário para que um relacionamento se inicie.

Muitas pessoas parecem depositar no ParPerfeito a esperança de que isso acontecerá de maneira rápida. A grande quantidade de opções faz parecer rápido ter um relacionamento sério. Isso, no entanto, não é verdade. É evidente que o site facilita muito as coisas por ser uma espécie de banco de pessoas interessadas em uma relação amorosa.

Facilita também pela possibilidade de fazer buscas de acordo com as características desejadas no outro. No entanto, para que a relação aconteça de fato, é preciso encontrar perfis compatíveis, confirmar que as pessoas por trás deles são realmente compatíveis, haver empatia de ambos os lados, haver interesse em conhecer o outro pessoalmente, haver atração mútua...

Isso para citar apenas alguns fatores necessários para que um relacionamento aconteça. Assim, encontrar perfis compatíveis e iniciar contatos são apenas os primeiros passos de muitos outros que serão fundamentais. Dessa maneira, se houver a expectativa de que encontrar alguém para uma relação séria será algo rápido ou fácil, certamente haverá a decepção quando for percebido que isso não é verdade.

Outra expectativa que frequentemente gera decepção diz respeito às características buscadas no outro. Vejo muitos homens e mulheres mencionarem em suas mensagens que desejam “apenas” alguém “bonito, atraente, bem resolvido, maduro, trabalhador, que tenha estabilidade financeira, que tenha a mesma faixa etária” e com mais uma série de outros atributos além desses.

Ora, será possível encontrar um ser humano que agregue todas essas características? Será que o perfil desejado é um perfil que existe? É claro que todos temos – e devemos ter – critérios de escolha. No entanto, estes devem estar de acordo com a realidade.

Caso não estejam, jamais encontraremos alguém que atenda a todos eles. É preciso ser seletivo, mas não se pode exagerar de modo que essa seletividade se torne restritiva demais. Há que se procurar alguém compatível, mas jamais alguém perfeito, ou que possua todos os atributos desejados. Essas duas expectativas me parecem ser as que mais acabam gerando frustrações. Ao perceber que encontrar alguém para um relacionamento sério não será uma tarefa rápida ou fácil, e ao perceber que ninguém se encaixa com perfeição no perfil idealizado, muitas pessoas se decepcionam e pensam em desistir. Muitas chegam a culpar o site por seu insucesso. Fazer isso também não ajuda.

O importante é poder perceber o quanto de expectativa e idealização há em si próprio. Quanto maior elas forem, maior será o “tombo”. É preciso ter consciência de que se relacionar não é algo fácil. Pelo contrário, demanda paciência e persistência. É preciso saber avaliar se as expectativas em relação ao outro são reais, possíveis. Mesmo havendo a consciência de que não há pessoas perfeitas, é preciso pensar se, lá no fundinho, existe essa esperança. Por tudo isso, convido você a refletir sobre suas expectativas. Em vez de desistir, é preciso saber recomeçar. Esse pode ser um bom recomeço, não? Boa sorte!

Fonte: minha vida

Sabedoria

“É muito melhor arriscar em coisas grandiosas buscando triunfos e glórias, mesmo expondo-se ao ridículo e a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito e desesperados, que nem sofrem muito, nem gozam muito, pois vivem numa penumbra cinzenta e nunca conhecerão a vitória nem tampouco a derrota.”

D.Roosevelt