Fonte: http://g1.globo.com
Para aqueles que estão ansiosos para os shows de Madonna no Brasil, vale conferir a estréia da cantora pop como cineasta, o filme “Sujos e sábios” (Filth and wisdom), que será exibido nesta segunda-feira (29) no Festival do Rio. Vale conferir somente para comprovar que Madonna nasceu mesmo para os palcos, e não para comandar uma câmera no cinema.
O filme é marcado por uma direção imatura, carregada de clichês, e por um roteiro (também assinado por Madonna, ao lado do novato Dan Cadan) que vai do nada a lugar nenhum. “Sujos e sábios” só não cai na categoria das experiências insuportáveis porque seu caminho é irregular: há algumas cenas bacanas, embora dispersas, com tiradas engraçadas e referências pop.
A trama acompanha o dia-a-dia de A.K. (Eugene Hutz), um excêntrico imigrante ucraniano que vive em Londres e divide o apartamento com duas garotas igualmente perdidas. Tudo começa com A.K. filosofando sobre a vida, dizendo que “não há sabedoria sem sujeira”. O roteiro parece tentar de toda forma provar que essa teoria é verdadeira, esquecendo de desenvolver qualquer história ou de criar uma empatia entre o protagonista e o público.
A.K. busca alcançar o estrelato como vocalista de uma banda de rock cigano (animadíssima, aliás), ostenta um enorme bigode e passa seu tempo ora ajudando um poeta cego que mora no prédio, ora realizando fantasias sadomasoquistas de estranhos por alguns trocados.
Suas companheiras de apartamento são Juliette (Vicky McLure) e Holly (Holly Weston), que, apesar de talentosas e bonitas, dependem de subempregos para pagar as contas. Os melhores momentos são quando Madonna exercita seu lado de diva pop e introduz um pouco de sua originalidade do palco nos personagens. O que só reforça a idéia de que o lugar de Madonna é bem longe do cinema.
FESTIVAL DO RIO
“Sujos e sábios”, de Madonna
Segunda (29): Estação Vivo Gávea 2, 13h50 e 18h10
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Estréia de Madonna na direção, ‘Sujos e sábios’ decepciona
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