segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Vencendo o cigarro


Sim, não é fácil vencer o cigarro. Mas isso não significa que seja impossível

Há alguns anos, foi realizado um estudo para avaliar a capacidade viciante das drogas mais comuns. Ao analisar os questionários a partir de padrões internacionais de Saúde Mental, os pesquisadores descobriram que 15% dos usuários regulares de cocaína poderiam ser considerados viciados na droga.

Utilizando os mesmos critérios, 90% dos adultos e 87% dos jovens que fumam pelo menos uma vez ao dia também preencheram a classificação de Vício. A conclusão da pesquisa? A nicotina vicia tanto quanto a cocaína. Ou até mais.

Metade dos adultos que tentam de verdade, consegue abandonar o cigarro. E o segredo deste sucesso, que não é nada do outro mundo, pode ser resumido em 3 passos simples:

FAÇA SUA LISTA E PARE DE VEZ.

É por causa da sua saúde? Quer reassumir o controle sobre sua vida? Ser
um exemplo para seus conhecidos?
Faça uma lista dos seus motivos

e cole-a na porta da geladeira, consultando-a várias vezes ao dia. No dia seguinte, pare de fumar.

Mais de 90% de todos os ex-tabagistas pararam por conta própria, sem acupuntura, antidepressivos, adesivos ou chicletes de nicotina. Simplesmente decidiram. E pararam.

Não se engane com a conversa de que você começou a reduzir o número de cigarros, está parando pouco a pouco e que isto demonstra seu controle sobre o vício. Na verdade, isto demonstra, sim, o total controle do Vício sobre você, e provavelmente logo estará fumando a mesma quantidade de antes. Pare de uma vez só.

AGUENTE FIRME OS PRIMEIROS 10 DIAS.

Ao abandonar o cigarro, você poderá sentir irritabilidade, ansiedade, insônia, tremores, fadiga, dores de cabeça, tosse, sensação de garganta seca, constipação intestinal, azia, gastrite e coriza. Estas manifestações fazem parte dos sintomas de Abstinência causados pelo corte no fornecimento de nicotina.

As primeiras 72h são as mais críticas: algumas pessoas chegam a experimentar uma crise de abstinência a cada 2-4 horas. Apesar de incômodas, as crises duram apenas de 3 a 5 minutos mais ou menos o tempo que você levaria para fumar um cigarro.

Cerca de 4 dias após o último cigarro, mais de 90% de toda a nicotina acumulada em seu corpo terá sido eliminada, e os sintomas da abstinência diminuirão bastante. Por volta do décimo dia, as crises de abstinência se tornarão quase imperceptíveis.

Para lidar com a Abstinência, você deve manter uma alimentação regular, consumir bastante suco natural de frutas e procurar atividades que lhe distraiam, como jardinagem, ouvir uma música calma, arrumar seus CDs ou o guarda-roupa, sair para uma caminhada, tomar um chá de camomila, etc. Lembre-se sempre que, apensar de desconfortáveis, os sintomas da Abstinência são temporários, mas as lesões causadas pelo cigarro serão para sempre.

MANTENHA A MEMÓRIA ACESA

Aproximadamente 90 dias após parar de fumar, sua capacidade pulmonar terá aumentado 30%! Atletas trabalham a vida inteira para conseguir resultados que são uma mínima fração disso. Após 10 anos sem cigarro, o risco de você morrer por câncer nos pulmões é praticamente o mesmo da população em geral. Mas manter-se livre do cigarro é um

compromisso de honra para toda a vida.

A memória é traiçoeira e você pode terminar esquecendo o que lhe levou a parar de fumar. Não deixe que isto aconteça. Consulte diariamente sua lista de motivos. Escreva uma nova quando a antiga estiver desbotando. Evite consumir qualquer forma de bebida alcoólica, pelo menos durante os primeiros 3-6 meses: a bebida irá reduzir sua capacidade de auto-crítica, aumentando risco de um deslize.

Muitas rotinas inocentes podem desencadear aquela vontade irresistível de fumar. Falar ao telefone, dirigir, tomar café, discutir, trocar um pneu furado.... os sintomas de abstinência podem se insinuar onde você menos espera. Resista sempre e concentre-se em avançar 60 minutos por hora, 24 horas por dia, um dia de cada vez. Bilhões de pessoas já passaram por isso e venceram. Você também consegue.

Quem pára de fumar inspira os amigos e a família a fazerem o mesmo
O convívio com ex-fumantes aumenta em 67% suas chances de largar o cigarro

Quem sonha em parar de fumar agora sabe que pode contar com uma ajudinha extra: a influência das pessoas mais próximas. Uma pesquisa americana acaba de comprovar que, quando uma pessoa decide interromper as tragadas, acaba levando outras a fazer o mesmo as chances de que isso aconteça chegam a 67%, de acordo com a pesquisa publicada no periódico New England Journal of Medicine.

Por 32 anos, os cientistas acompanharam mais de 12 mil pessoas e constataram que o abandono do vício em grupos é prática recorrente. Entre casais, a estratégia alcança sucesso máximo: os tais 67%, seguidos por 43% de redução entre amigos; 34% no caso de colegas de trabalho e 25% quando o tabagismo afeta irmãos.

Na prática, o fim do vício em uma pessoa próxima acaba servindo de inspiração, por isso quanto maior o vínculo afetivo e a convivência, maiores as chances de esta decisão se contagiar.

As dependências causadas pelo cigarro:

Física
A nicotina é a responsável pela dependência física do tabagista. Ela é uma substância psicoativa, ou seja, afeta o físico e o psíquico além de alterar o comportamento. A dependência física significa a perda de controle sobre o uso de determinada droga. Quem fuma cigarros não consegue exercer o autocontrole, ainda que esteja totalmente consciente dos sérios riscos à saúde diz a psicóloga Silvia Maria Cury. Essa dependência varia de um fumante para outro.

Psicológica
O cigarro é usado pelos tabagistas para controlar suas emoções. O fumante usa o vício para controlar seu estado emocional, lançando mão do cigarro quando está deprimido, zangado ou estressado , afirma Silvia. Com o tempo, a pessoa não sabe mais lidar com o estresse sem dar umas tragadas . Além de funcionar como um mecanismo de adaptação às frustrações, sentimentos de solidão e pressões sociais, o cigarro também pode ser usado como forma de auto-estimulação e gratificação, segundo a especialista.

Fonte: minhavida.com.br

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