The Guardian contrata blogueiros para fazer jornalismo
E mais um capitulo da guerra sem fim entre jornalistas e blogueiros teve lugar nas últimas semanas, com o anúncio do Guardian, um dos maiores jornais do Reino Unido (e um dos maiores na internet em língua inglesa), contratando blogueiros para produzir notícias locais a partir de algumas capitais do mundo, não exigindo mais formação, ou mesmo experiência, em jornalismo. Que a internet já vinha dando sucessivos golpes na prática do jornalismo tradicional, ninguém hoje duvida, mas que uma empresa de mídia, com sua fundação ligada a um grande jornal, reforçasse a supremacia dos blogueiros - no métier jornalístico -, ninguém imaginaria. Independente da discussão mesquinha, invariavelmente levada para o lado pessoal, o anúncio é, mesmo que simbolicamente, também um golpe sobre a afirmação de que apenas jornalistas, de papel, sabem fazer "cobertura local" - algo que, até há pouco, era, inclusive, uma justificativa para a manutenção do status quo de redações onde, como notoriamente se sabe, a maioria sequer pisa na rua, passando longas horas na frente do computador, quando não "reprocessando" press releases (para imprimi-los no dia seguinte). E a iniciativa do Guardian vem a calhar, no Brasil, quando a poeira do fim da exigência de diploma, para a prática de jornalismo, ainda não assentou, com protestos de burocratas da profissão, que fingem não enxergar que podem estar sendo, neste momento, ultrapassados por alguém com um computador e uma conexão à internet... O Guardian vai pagar os blogueiros e uma suspeita de que estaria preparando um portal com notícias locais de grandes cidades, subitamente, está à beira da confirmação. Numa demonstração de sabedoria, a nova empresa de mídia (o "ex-jornal") deixou de competir com os impressos e se preocupa, atualmente, em garantir uma supremacia na internet (que, há anos, é mais importante que as bancas de jornal). No Brasil, contudo, ainda se lançam novos jornais de papel, e se oferecem velhos jornais a preços à la carte (quando os internautas não os querem nem de graça...). Quem sabe, o Guardian ensine aos nossos jornalistas que, no lugar de ficar implicando com a blogosfera (e as mídias sociais), eles deveriam se aliar aos blogueiros, enquanto ainda é tempo...
E mais um capitulo da guerra sem fim entre jornalistas e blogueiros teve lugar nas últimas semanas, com o anúncio do Guardian, um dos maiores jornais do Reino Unido (e um dos maiores na internet em língua inglesa), contratando blogueiros para produzir notícias locais a partir de algumas capitais do mundo, não exigindo mais formação, ou mesmo experiência, em jornalismo. Que a internet já vinha dando sucessivos golpes na prática do jornalismo tradicional, ninguém hoje duvida, mas que uma empresa de mídia, com sua fundação ligada a um grande jornal, reforçasse a supremacia dos blogueiros - no métier jornalístico -, ninguém imaginaria. Independente da discussão mesquinha, invariavelmente levada para o lado pessoal, o anúncio é, mesmo que simbolicamente, também um golpe sobre a afirmação de que apenas jornalistas, de papel, sabem fazer "cobertura local" - algo que, até há pouco, era, inclusive, uma justificativa para a manutenção do status quo de redações onde, como notoriamente se sabe, a maioria sequer pisa na rua, passando longas horas na frente do computador, quando não "reprocessando" press releases (para imprimi-los no dia seguinte). E a iniciativa do Guardian vem a calhar, no Brasil, quando a poeira do fim da exigência de diploma, para a prática de jornalismo, ainda não assentou, com protestos de burocratas da profissão, que fingem não enxergar que podem estar sendo, neste momento, ultrapassados por alguém com um computador e uma conexão à internet... O Guardian vai pagar os blogueiros e uma suspeita de que estaria preparando um portal com notícias locais de grandes cidades, subitamente, está à beira da confirmação. Numa demonstração de sabedoria, a nova empresa de mídia (o "ex-jornal") deixou de competir com os impressos e se preocupa, atualmente, em garantir uma supremacia na internet (que, há anos, é mais importante que as bancas de jornal). No Brasil, contudo, ainda se lançam novos jornais de papel, e se oferecem velhos jornais a preços à la carte (quando os internautas não os querem nem de graça...). Quem sabe, o Guardian ensine aos nossos jornalistas que, no lugar de ficar implicando com a blogosfera (e as mídias sociais), eles deveriam se aliar aos blogueiros, enquanto ainda é tempo...
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